segunda-feira, 25 de julho de 2011

Teca Calazans




Forró de Cara Nova
…" Pois bem, ouví-lo na voz da cantora é voltar no tempo, a um passado imortalizado por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Marinês e sua gente, Jackson do Pandeiro. É Forró para se dançar e ouvir a noite inteira. Ainda bem que num universo poluído por ruídos eletrônicos de uma enxurrada de bandas ditas de forró surge uma estrela para brilhar com uma simplicidade impressionante."
Sebastião Araújo - Diário de Pernambuco, 1998.

Forró de Cara Nova
"…Desde o início Teca imprime sua marca, seu estilo, sua estética e sua moral : recusa a facilidade e continua a trabalhar com a tradição, dando uma leitura nova mas sem perder a identidade... O talento de Teca foi de conseguir entrar nessa música de códigos preciosos sem medo de mudar, de saber se moldar sem perder sua alma e nacionalidade. De agora em diante, Teca é a grande cantora de forró, aquela que sabe  juntar emoção ao swing, classe natural e nobreza popular".
O Jornal de Aracaju, 08/03/1998.

Mina do Mar - reediçao em CD
"Um disco de Teca Calazans é sempre um acontecimento. Dona de uma bela, límpida e bem colocada voz, a cantora e compositora capixaba-pernambucana é uma artista intrasigente, no sentido mais positivo da palavra. Toda sua carreira é marcada por uma coerência dificilmente encontrada no show-business, o que certamente explica nunca haver figurado entre “os mais tocados” e ter-se tornado uma artista cult".
Continente Multicultural (HF) - 2006

Firoliu
"Bela Volta. Em seu 14° CD, 'Firoliu', Teca Calazans volta aos sons nordestinos do seu primeiro disco lançado há 30 anos. O repertório de cirandas, modinhas e canções adaptadas de temas folclóricos ficou redondo na voz leve e afinada de Teca. Radicada em Paris, a cantora se dá ao luxo de ter Baden Powell ao violão, em "Santa Voz", e de contar com belo e inédito samba de D. Ivone Lara, (Canto do Meu Viver)".
M.F. - O Globo, 03/06/97.

Teca Calazans Canta Villa-Lobos
"A escolha de Teca é de absoluta felicidade. Com sua voz agreste ligeiramente urbanizada, timbre raro e sensibilidade à flor da pele, Teca imprime um toque novo em nove conhecidas canções e serestas e ainda nos brinda com o "Prelúdio da solidão", com letra de Hermínio Bello de Carvalho."
Mauro Dias - Visão, 27/01/88
[ Fonte (frases): www.tecacalazans.com.br ]

Nome completo: Teresinha João Calazans
Nome artístico: Teca Calazans
Data de nascimento: 20/10/1940
Local: Vitória/ES
Gêneros: Ritmos regionais




BIOGRAFIA - 1

Classe, elegância e sensibilidade, três qualificativos visíveis que surgem quando se fala de Teca Calazans. Sem dúvida sua voz expressiva, a classe e o bom gosto do repertório explicam isso. Cantora, compositora, ao largo de modismos, Teca Calazans, na sua densa discografia, sempre privilegiou um repertório calcado em ritmos brasileiros e nos compositores clássicos, (Villa-Lobos, Pixinguinha, Baden Powell…).

Capixaba criada no Recife, Teca Calazans vem de família pernambucana e musical. Cantora desde que se entende por gente, começou, em Recife, sua carreira como atriz no Movimento de Cultura Popular. Foi nessa época que pesquisou as danças e folguedos da região. A sua estréia no disco foi, inclusive, com uma seleção de cirandas, em 1967, num 45 rotações. Em 1968 foi para o Rio, onde trabalhou como atriz no Teatro Opinião e em programas de televisão.

Em 1970, Teca decide se instalar na França e forma com Ricardo Vilas a dupla, "Teca & Ricardo" que gravou cinco Lps. Um show de quatro semanas no Olympia, convidados por Claude Nougaro, ao lado de Baden Powell, fizeram a dupla conhecida. Sucesso na França e sucesso no Brasil logo na chegada em 1980, com dois Lps gravados na EMI/ODEOM.  A dupla desfez-se, Teca começa sua carreira solo, e algumas de sua composições foram gravadas por nomes como Milton Nascimento (Caicó), Gal Costa (Atrás da luminosidade) e Nara Leão (Firoliu)… Enquanto permaneceu no Brasil, Teca gravou mais cinco discos e apresentou durante dois anos, um programa na TV Educativa, chamado "Forró".

Em 1988, ela volta para a França, onde firmou definitivamente sua carreira. A partir de 1991, aparecem sucessivamente no mercado europeu Teca Calazans canta Villa-Lobos, Pizindim (sobre a obra de Pixinguinha que recebeu a menção Choc du Monde de la Musique), Intuição, O Samba dos Bambas, (com a participação do grupo instrumental "O Trio") Firoliu (com a participação de Baden Powell) e Alma de Tupi. Todos esses discos foram lançados no Brasil pela Kuarup Discos, exceto Pizindim, lançado pela Gravadora Atração Produções Artisticas.

Paralelamente à sua carreira artística, Teca Calazans deseja mostrar ao público europeu um outro aspecto da música brasileira : o da cultura popular nordestina.

Ela realiza para o selo Buda Musique, dois discos sobre a música do Nordeste a partir do acervo sonoro dos anos 1916 a 1945; "Musique du Nordeste" (Menção Choc du Monde de la Musique). Ainda para o selo Buda Musique "Collection Musique du Monde", produziu e realizou três discos sobre a música popular do Nordeste: "Cantadores Repentistas" com os poetas Oliveira de Panelas e Daudeth Bandeira (menção quatro estrelas na revista Le Monde de la Musique e na revista Repertoire); "Cavalo Marinho, fête de rue du Nordeste", e "Aboio & Embolada do Nordeste".

Para a gravadora Frémeaux & Associés realizou as seguintes antologias :
"Brésil, le chant du Nordeste, 1928-1950" (menção "Quatro forte" de Télérama).
"La guitare brésilienne contemporaine Label Kuarup 1977-2004".
"De Bahia aux sertões, Brésil - les chants de la mer et de la terre 1939-1955".

Um CD de cantigas de roda e parlendas para crianças :
"Écoute le Brésil, chants et comptines pour enfants"
Em Agosto 2002 Teca participou do espetáculo "Cantoria Brasileira" no Canecão em comemoração aos 25 anos de Kuarup. O CD ao vivo deste show foi indicado para o "Grammy Latino" em 2003.

Teca Calazans & Heraldo do Monte - voz e viola, produzido pela Kuarup, foi indicado para o premio "TIM da Musica Brasileira" na categoria "Melhor disco de MPB". Este disco foi lançado na França pela Buda Musique em Dezembro de 2005.

En 2007 lançamento do CD “Impressões Sobre Mauricio Carrilho & Meira” (gravadora UMES CPC).

Alguns Shows Importantes

* Show no Teatro Teodoro de Macéió e no Teatro de Santa Isabel em Recife (2007).
* "Salão de Música", La Comédie de Reims, França (2005).
* "Pestacles", Parc Floral de Paris- França (2005).
* "Show Alma de Tupi", Teatro Santa Isabel, Recife, Brasil (2003).
* "Cantoria Brasileira" : Palácio das Artes, Belo Horizonte (2003), Canecão, Rio de Janeiro (2002), 20° Festival do UAI-Poços de Caldas (2002), Teatro Municipal de Niterói (2002).
* Festival do "Avante", Lisboa, Portugal (2000).
* Tournée no Japão (2000).
* Festival da "Música Tradicional Brasileira", Genebra, Suíça (2000).
* Festival de "Jazz  Viena", França.
* Festival de "Percussão", Chateauvallon, França.
* Festival  "Paixão Cannes Guitare", França.
* Festival  "Guitare Master de Pau", França.
* Festival  "A Primavera do Livro", Cassis, França.


Teca Calazans - Por Ela Mesma

Origens
Meus pais partiram de Recife/PE - meu pai era jornalista - em direção ao sul do país. Eu nasci em Vitória do Espírito Santo onde vivi alguns anos. Depois moramos em Belo Horizonte/MG e Salvador/BA. Finalmente, meus pais voltaram para o Recife onde passei uma parte da minha juventude. Adoro Recife, cidade rica em história e capital cultural do Nordeste. Como minhas raízes são pernambucanas é natural que eu me considere pernambucana de adoção, uma identidade de sangue e de coração.

A Música
Na família da minha mãe todos tocavam um instrumento. Quando eu fiz onze anos ganhei de presente dos meus pais um violão e minha mãe me ensinou os primeiros acordes.

Eu cresci escutando, na vitrola lá de casa, Caymmi, Noel Rosa cantado por Aracy e Marília Batista e o Trio de Ouro. Na Rádio Nacional escutava tudo: Ângela Maria, Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Marlene e Emilinha…
Foi na escola que cantei em público pela primeira vez. Eu tinha sete anos, era a festa dos dias das mães. A professora perguntou quem sabia cantar uma música para homenagear as mães, eu levantei a mão e fui cantar "Marina" do Caymmi. A professora me disse: "Você tem uma voz bonitinha, mas esta música não é uma música para o dia das mães"… Depois disso eu nunca mais parei de cantar…

MCP (Movimento de Cultura Popular)
No início dos anos sessenta eu fiz parte da juventude que participou da fundação do Movimento de Cultura Popular. E também das atividades educativas e artísticas desse movimento que eram organizadas para as populações carentes do Estado de Pernambuco. Fazíamos animações nos bairros populares da Capital e do interior. Foi nesta época que comecei a pesquisar o folclore, gravando, num gravador portátil, vários folguedos populares como o Bumba-meu-Boi, Cirandas, Nau Catarineta e Cocos. Todo esse trabalho e meu amor pela cultura popular vão ter uma influência determinante sobre minha carreira de cantora e compositora.

Ciranda
A Ciranda é uma dança de roda de adultos, originária da Zona da Mata de Pernambuco, distinta das danças de rodas infantis. É uma manifestação recente, pois, antes de 1961, ela ainda não era catalogada pelos folcloristas brasileiros.

Eu pesquisei a Ciranda no início dos anos 60 quando trabalhava no Movimento de Cultura Popular. Naquela época, gravei várias cirandas em Abreu e Lima. Mais tarde, em 1967, fui convidada para gravar meu primeiro disco (um 45 rotações) pelo selo Mocambo / Rozemblit. No lado "A" gravei uma seleção dessas cirandas, e no lado "B" uma composição de Geraldo Azevedo e Carlos Fernando, "Aquela rosa". O disco foi um sucesso. De certa forma eu contribui com esse disco para o conhecimento da Ciranda em Pernambuco.

Grupo Construção
Junto com Benjamin Santos, José Fernandes e Paulo Guimarães fundamos o grupo "Construção", um grupo de teatro moderno que misturava texto com música popular brasileira. Nosso primeiro espetáculo chamava-se "Cantochão, um espetáculo de Bossa Nova". Nessa época agitávamos a vida cultural de Recife, organizando festivais e montando peças musicais.

O Teatro
Antes de cantar profissionalmente eu fui atriz. Luiz Mendonça, que era o diretor do grupo de teatro do MCP, insistiu para que eu estudasse teatro. Assim entrei para o curso de Arte Dramática da Escola de Belas Artes de Recife. Como atriz, trabalhei em várias peças: A Inselença de Luiz Marinho produção do MCP, Os fuzis da Senhora Carrar, montada pelo Grupo Construção, Jornada de um imbecil até o entendimento, montada pelo Teatro Opinião do Rio de Janeiro, entre outras. Mas tarde, quando já morava no Rio, trabalhei como atriz em programas de televisão.

Teca & Ricardo
A dupla nasceu em Paris e gravamos nosso primeiro LP em 1973: "Musiques et Chants du Brésil". O produtor Moshé Naim - diretor do selo "Les uns par les autres" - nos viu cantar numa casa noturna que se chamava, "Casa do Chile e da América Latina" e que hoje não existe mais.

Com Ricardo gravamos ao todo sete discos: cinco na França e dois no Brasil, quando voltamos em 1979. Na França trabalhávamos com uma total liberdade de criação e os cinco discos que fizemos são obras pessoais e criativas. É um trabalho que adoro! Já os dois discos realizados no Brasil, depois que voltamos - Povo Daqui e Eu não sou dois - tem a influência dos produtores, um som do mercado da época e o clima que já anunciava a ruptura da dupla. Porém algumas canções como Gabriel,Aguaceiro e Velha Amizade tiveram sucesso de público.
Na Europa participamos de vários festivais internacionais: Festival de la Jeunesse de Zurich, Six heures pour l'Amérique Latine à Bruxelles, le Printemps de Bourges…

TVE Televisão Educativa
Em 1983, Fernando Lobo, que era diretor de programação artística da TVE, convidou-me para substituir Carmélia Alves como apresentadora do programa "Forró", um programa semanal de musica nordestina. Foi uma felicidade apresentar esse programa por onde passaram todos os grandes artistas da música do Nordeste.


[ Fonte: www.tecacalazans.com ]





BIOGRAFIA - 2

Nascida no Espírito Santo, neta de um maestro, filha de uma bandolinista e irmã de pianistas, conviveu com a música desde a infância. Foi criada no Recife/PE, onde começou a estudar violão. Interessou-se pela música local, como as cirandas, cocos, xangôs e Banda de Pífaros de Caruaru. Estudando arte dramática, fundou em 1964, com outros atores e artistas pernambucanos, o Grupo Construção, que apresentava teatro e música e do qual também participavam Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos. Em 1967, gravou seu primeiro disco, um compacto simples pela gravadora Rozenblit (selo Mocambo) com "Aquela rosa" (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando) e "Cirandas" (pesquisa e adaptação de Teca Calazans).

No ano seguinte, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como atriz no Teatro Opinião e na TV Globo. Em 1970, viajou para a França, onde conheceu Ricardo Villas, formando a dupla Teca & Ricardo. A dupla gravou cinco LPs na França "Musiques et chantes du Brésil" (1974), "Caminho das águas" (1975), "Cadê o povo?" (1976), "Teca e Ricardo - desafio de viola" (1978) e "Jardin exotique" (1979). Voltaram ao Brasil em 1979 e gravaram dois LPs pela EMI, "Povo daqui" (1980) e "Eu não sou dois" (1981).

Com a dissolução da dupla, voltou ao Brasil e retomou a carreira solo, tendo músicas gravadas por Milton Nascimento, Gal Costa e Nara Leão, entre outros. Em 1982, gravou o LP "Teca Calazans". No ano seguinte, participou do projeto idealizado pela Funarte, em memória dos 80 anos de Mário de Andrade, que resultou no LP "Mário 300, 350", no qual interpreta repertório folclórico. Em 1984, gravou o LP "Mina do mar". Em 1988, participou do projeto "100 anos de Heitor Villa-Lobos", registrado no disco "Villa-Lobos - Serestas e Canções - Intérprete: Teca Calazans", lançado nos mercados norte-americano e europeu. Ainda em 1988 gravou "Intuição", disco independente com direção musical de Maurício Carrilho, lançado na Europa em 1993. Retornou à França em 1989, onde passou a morar definitivamente. Na França lançou os CDs "Pizindim - 100 Anos de Pixinguinha" (1990), em que interpreta a obra de Pixinguinha, "O Samba dos Bambas", com O Trio, com obras de compositores clássicos do samba, e "Firoliu" (1996), predominantemente autoral. Em 1998 lançou o Cd "Intuição". Lançou, em 1999, o CD "De Cara Nova" e, em 2000, o CD "Alma de Tupi", contendo, entre outras, "Aranã", de Sinhô, e a faixa-título, de Jararaca.

DISCOGRAFIA

1967 - Compacto simples
1974 - Musiques et chants du Brésil (com Ricardo Villas)
1975 - Caminho das águas (com Ricardo Villas)
1976 - Cadê o povo? (com Ricardo Villas)
1978 - Desafio de viola (com Ricardo Villas e Leonardo Ribeiro)
1979 - Jardin exotique (com Ricardo Villas)
1980 - Povo daqui (com Ricardo Villas)
1981 - Eu não sou dois (com Ricardo Villas)
1982 - Teca Calazans
1983 - Mário 300, 350 (álbum duplo no qual Teca Calazans canta somente no Cd 1, sendo o Cd 2 interpretado pela cantora Lenita Bruno)
1984 - Mina do mar
1987 - Villa-Lobos - Serestas e Canções
1993 - Intuição
1995 - O samba dos bambas (com O Trio)
1997 - Firoliu
1997 - Pizindim - 100 Anos de Pixinguinha
1999 - Forró De cara nova
2000 - Alma de Tupi
2002 - Cantoria Brasileira (com Pena Branca, Elomar, Xangai e Renato Teixeira)
2003 - Teca Calazans & Heraldo do Monte
2003 - Écoute le Brésil, Chants et Comptines Pour Enfants
2007 - Impressões Sobre Maurício Carrilho & Meira

[ Fonte: www.cantorasdobrasil.com.br ]

[ Editado por Pedro Jorge ]


SAIBA MAIS
Site oficial: www.tecacalazans.com

CONTATOS
info@tecacalazans.com

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